Sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais
O termo Doença Intestinal Inflamatória (DII) refere-se a duas doenças crônicas, de causa desconhecida, que afetam o trato gastrointestinal causando sua inflamação: a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU). Não há uma explicação definitiva para o seu aparecimento, mas existem fatores genéticos, ambientais (estilo de vida, tabagismo, hábitos alimentares) e emocionais envolvidos. Além disso, a exposição a antígenos (vírus e bactérias) poderia levar a um distúrbio da imunidade e ao aparecimento do processo inflamatório. Sabemos que não são hereditárias (transmitidas geneticamente), mas existe uma tendência de aparecerem em membros da mesma família.
A Doença de Crohn pode acometer todo o trato digestivo, desde a boca até a região do ânus, enquanto a Retocolite afeta apenas o intestino grosso. Os sintomas são semelhantes, sendo principalmente dor abdominal e diarreia (frequentemente com sangue), associada ou não a anemia, perda de peso e do apetite e febre. Ambas se manifestam com crises recorrentes (ao longo da vida existem momentos de piora e de melhora dos sintomas).
Diagnóstico das DII
Não existe um único exame para diagnosticar as DII, e o paciente pode ser submetido a exames radiológicos (exames de raio X contrastados, ultrassonografia, etc) ou endoscópicos (colonoscopia). Além de identificar a doença, esses procedimentos permitem avaliar sua extensão, planejar o tratamento e prevenir complicações. Exames laboratoriais também são importantes no diagnóstico e no acompanhamento.
O tratamento
O tratamento envolve vários tipos de medicamentos, que são usados de acordo com a forma de apresentação da doença (DC ou RCU) e a gravidade. Pode haver necessidade de intervenção cirúrgica nos casos complicados. Os pacientes utilizam as medicações por longos períodos, ou por toda a vida, e precisam ser acompanhados por um especialista. Devido ao risco aumentado de câncer no intestino, pessoas portadoras da doença há muitos anos precisam fazer periodicamente a colonoscopia.
É importante ressaltar que, apesar de serem doenças crônicas, com necessidade constante de acompanhamento e tratamento, é possível ter uma vida normal sendo portador de uma DII. Com a doença controlada, as recorrências diminuem e a maioria dos pacientes fica bem, sem sintomas.
*As informações encontradas aqui não substituem a avaliação e o parecer de um profissional de saúde. Em caso de dúvidas, procure o especialista.
