Gastroparesia
Náuseas, vômitos e sensação de saciedade e plenitude, que ocorrem de uma a três horas após às refeições, são os principais sintomas do retardo do esvaziamento gástrico
Gastroparesia é a lentificação do esvaziamento gástrico, na ausência de uma obstrução mecânica. Geralmente a condição é secundária a um distúrbio de base, que pode ser neurológico (doença de Parkinson, esclerose múltipla), muscular (distrofias musculares, esclerose sistêmica), alterações nos níveis de cálcio e potássio, infeccioso (Chagas, HIV), endocrionometabólico (hipotireoidismo, diabetes mellitus), pós cirúrgico (by-pass gástrico, fundoplicatura) ou medicamentoso (antidepressivos, analgésicos).
Clinicamente o paciente apresenta náuseas, vômitos, sensação de saciedade e plenitude, que ocorrem de uma a três horas após às refeições. Não existe nenhum exame laboratorial que identifique a gastroparesia, entretanto, eles podem indicar a causa subjacente. A história do paciente, as comorbidades e os medicamentos em uso são essenciais para que se possa pensar nesse diagnóstico.
O exame de imagem considerado “padrão ouro” para o diagnóstico é a cintilografia, mas procedimentos mais simples também podem ajudar. A radiografia simples do abdômen pode mostrar o estômago distendido, e o exame contrastado do trato gastrointestinal (REED), assim como a endoscopia digestiva, podem descartar obstruções mecânicas. A principal causa de retardo do esvaziamento gástrico na prática clínica é por neuropatia autonômica, identificada nos pacientes diabéticos.
O tratamento depende da causa e pode ser necessário corrigir a glicemia, níveis de cálcio e potássio, ou hormônio tireoidiano. Medicamentos que causem gastroparesia devem ser suspensos. No caso das viroses, a evolução costuma ser benigna. Os medicamentos mais utilizados no tratamento são a metoclopramida (Plasil), a domperidona e a bromoprida. Em pacientes graves, no pós operatório, a eritromicina pode ser usada.
*As informações encontradas aqui não substituem a avaliação e o parecer de um profissional de saúde. Em caso de dúvidas, procure o especialista.
