Doença Celíaca
Doença que acomete ambos os sexos, tem como único tratamento a dieta isenta de Glúten
A doença celíaca se caracteriza pela intolerância permanente ao glúten (principal proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte). Quando um paciente celíaco ingere esses alimentos, o intestino delgado é lesado, e a absorção de nutrientes é comprometida. Em alguns casos, os celíacos também são intolerantes à lactose.
A doença celíaca acomete ambos os sexos, com predomínio entre as mulheres, e pode se manifestar tanto na infância, quanto na idade adulta. Existem três formas principais de apresentação:
Clássica: O quadro é florido, com diarreia crônica, desnutrição, déficit do crescimento, anemia, emagrecimento, dor e distensão abdominal.
Atípica: As manifestações não chamam tanto à atenção. O paciente pode ter anemia, fadiga, constipação intestinal e infertilidade.
Assintomática: O paciente celíaco pode não apresentar sintomas. Nesse caso, a doença costuma ser detectada em exames laboratoriais de familiares de primeiro grau, que têm mais chances de apresentar a doença (10%).
O diagnóstico é realizado através de exames de laboratório e de biópsias do intestino delgado, obtidas por endoscopia. Pacientes com suspeita da doença não devem iniciar a dieta por conta própria, antes da confirmação diagnóstica.
Não existem medicamentos para tratar a doença, o único tratamento é a dieta isenta de glúten, que deve ser seguida pelo resto da vida, e acompanhada por nutricionistas. Se a dieta não for feita corretamente, o paciente pode evoluir com outras doenças e até mesmo para o câncer (linfoma de intestino delgado). Além da dieta, pode ser necessário repor nutrientes.
Os pacientes devem ficar atentos aos rótulos dos alimentos. Desde 2003, a lei federal 10674 determina que as empresas que produzem alimentos informem nas embalagens a presença ou não de glúten.
*As informações encontradas aqui não substituem a avaliação e o parecer de um profissional de saúde. Em caso de dúvidas, procure o especialista.